A estrada – Cormac McCarthy

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Olá pessoas! tudo bem com vocês? Hoje venho trazer a resenha do livro ganhador do Pulitzer de 2007: A estrada, escrito por Cormac McCarthy.  Primeiro preciso dizer que esse pequeno livrinho (234 páginas) me deu um verdadeiro tapa na cara. Tudo porque eu tinha uma certa relutância em ler 🤔 não sei, acho que imaginava que quando começasse a ler ia desistir da leitura. Daí que veio o tapa na cara minha gente, peguei ele certa noite e quase viro a madrugada lendo, a leitura me prendeu de um jeito que não conseguia parar, em pensar que essa jóinha estava desprezado na minha estante há mais de um ano 😳 então eis que venho me redimir contando pra vocês um pouquinho mais sobre esse livro e explicar porque ele me prendeu tanto.
Imagine que houve uma grande catástrofe no mundo e ele já não é mais o mesmo, o planeta se encontra devastado, tudo está em ruínas, no lugar das florestas existe cinzas, o ar está repleto de fuligem, existem pouquíssimos sobreviventes e grande parte deles andam em bando caçando e matando tudo que encontram pelo caminho, inclusive pessoas (sim! A situação é tão crítica que pessoas praticam atos de violência e canibalismo). Em meio a esse cenário apocalíptico conhecemos nosso personagem principal, que não tem nome, e seu filho que lutam pela sobrevivência quase sem esperanças. Essa relação entre pai e filho é o ponto alto do livro, e os dois sempre juntos passam por grandes privações que nos fazem roer as unhas de desespero. É um livro forte e angustiante . A escrita do autor faz toda diferença e nos transporta para um cenário frio e devastado, a escrita é objetiva, os diálogos sem travessões, e os personagens sem nomes. Em nenhum momento é explicado o motivo do caos em que o planeta se encontra mas também não chega a ser preciso, está aí a grande crítica social.
Um mundo pós apocalíptico e a jornada de um pai e um filho onde cada um é o mundo inteiro do outro.

Devo dizer que tudo no livro, sobretudo a forma com que o autor escreve, contribuiu para que minha leitura, ao contrário do que eu esperava, fluísse perfeitamente bem. O cenário catastrófico, a forma como a violência e desumanidade está presente durante todo o livro, tornou  tudo extremamente real e impactante ao seu modo. E não havia como esperar um final perfeito, porque nós leitores compartilhamos dos mesmos sentimentos de desilusão e desesperança dos personagens centrais, que mesmo sem nos dar seus nomes nos marcam sensivelmente.

Vale dizer que o livro teve uma adaptação cinematográfica em 2009, estrelada por Viggo Mortensen.

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